domingo, 29 de novembro de 2009

Quando o amor acaba

Alguns amores duram para sempre.
Outros se renovam.

Alguns se perdem por aí, por falta de cuidado.

Mas muitos amores acabam.

E quando um amor acaba, dói igual pra quem deixou de amar e pra quem deixou de ser amado.

O fim de um amor vem sempre carregado de mágoa, de frustração...


É que quando a gente ama, sente um poder e uma força tão grandes, que nem passa pela cabeça viver sem essa emoção.

Não tem jeito, tem amor que chega ao fim.


Mas quer saber? O ser humano nasce com uma capacidade inesgotável de amar.

Não é à toa que amamos intensamente filhos, pais, irmãos, amigos...


E não é à toa que amamos mais de um homem ou de uma mulher na vida.


Por isso, se o seu amor foi embora e você acha que ficou vazio, acredite, é coisa passageira.


É apenas uma pausa pro começo de um amor novo que vem por aí.


Porque quando a gente ama, fica com uma reserva de coisa boa aqui dentro.


Se não fosse assim, não sobraria nada pra dar à próxima pessoa que chega.



Só quem já amou de verdade sabe que amor é o tipo da coisa que quanto mais a gente dá, mais tem.
Embora os poetas sempre escrevam sobre desilusão, ninguém morre de amor...

É exatamente o contrário: a gente vive de amor. Se não fosse o amor, não estaríamos aqui.


Amor é prática. é exercício. É insistir na busca da felicidade.
 Se usarmos a inteligência, a paciência e, claro, a tão necessária esperança...

O amor nunca vai faltar.




Texto: Lena Gino.











segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Hoje


"A coisa mais importante que você possui hoje, é o dia de hoje.O dia de hoje, mesmo que esteja espremido entre o ontem e o amanhã, deve merecer total prioridade.Só hoje você pode ser feliz...O amanhã ainda não chegou... e já é muito tarde para ter sido feliz ontem.A maior parte das nossas dores é fruto dos restos de ontem ou dos medos do amanhã.Viva o dia de hoje com sabedoria...Decida como irá alimentar os seus minutos, o seu trabalho, o seu descanso...Faça tudo o que seja possível para que o dia de hoje seja seu, já que ele lhe foi dado tão generosamente.Respeite-o de tal maneira que, quando for dormir, você possa dizer: hoje eu fui capaz de viver e amar...Hoje fui feliz"!


Pensei muito se deveria falar desse assunto... Fé.É algo tão íntimo e tão complexo, que fica difícil dizer alguma coisa concreta.Eu não critico, não julgo e não fico analisando a fé alheia...Acho que ninguém tem autoridade pra isso.
Fé é coisa que a gente adquire. Se trouxer conforto, fica com a gente pra sempre.O que eu posso falar é da minha fé.Daquilo que move os meus sonhos.Eu tenho fé e ela me traz conforto, sim.E ela tem o peso e a força de tudo o que eu penso de bom pra minha vida.
Quer saber então o tamanho da minha fé?É imensa!Dizer pra você ter fé pode parecer lugar comum.Mas eu ouvi isso um dia:"Tenha fé"...E foi muito bom.Hoje eu sei que, sem ela, não iria muito longe.
Dê o nome que você quiser à fé.Chame de força, de pensamento positivo, de energia...Chame até de intuição...Mas o importante é saber onde ela está.E ela tem que estar aí dentro de você.Nunca em outra pessoa, nunca na crença do outro.
Ter a fé aqui dentro transforma tudo.Dá sentido às coisas...E torna sonhos possíveis, por mais impossíveis que eles possam parecer.Mesmo que a vida me pregue peças, esse sentimento não sai de mim...Porque eu não conheço uma pessoa feliz, realizada e otimista, que não tenha fé.
Texto de Lena Gino

Certezas.



Não quero alguém que morra de amor por mim...
Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.

Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim...
Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível...
E que esse momento será inesquecível...
Só quero que meu sentimento seja valorizado.
Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre...
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém...e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho...
Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente importa, que é meu sentimento...e não brinque com ele.
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.
Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe...
Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz.
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia, e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos, talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.
Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas...
Que a esperança nunca me pareça um NÃO que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como SIM.
Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim, sem ter de me preocupar com terceiros...
Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.

Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão...
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena.
Mário Quintana.

...


"No inverno te proteger
No verão sair pra pescar
No outono te conhecer
Primavera poder gostar
No estio me derreter
Pra na chuva dançar e andar junto
O destino que se cumpriu
De sentir seu calor e ser tudo."
Beto Guedes - Amor de índio

segunda-feira, 27 de julho de 2009

O nome mais bonito

O nome mais bonito da literatura brasileira
é João Cabral de Melo Neto…
Isso pressupõe que antes do Neto
teve um João Cabral de Melo Filho
Antes do filho, um João Cabral de Melo, apenas
João Cabral de Melo Neto
diplomata, morava na Espanha
escrevia poesia que falava Pernambuco
coisas de Recife e tratados do Brasil
João Cabral de Melo Neto era poeta…
O que seriam os outros Joões,
outros Cabrais,
outros de Melos?…
- Apenas DNA precursor do Neto?
João Bosco
fonte:http://poemasde.joaobosquo.blog.br/

quinta-feira, 9 de julho de 2009


POEMA DO AMIGO APRENDIZ

Quero ser o teu amigo. Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias...

Fernando Pessoa

AUTOPSICOGRAFIA

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente
.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas da roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.

Fernando Pessoa

sábado, 21 de fevereiro de 2009

A maior solidão é a do ser que não ama
A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.

A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo,
o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.

O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se,
o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre.
Vinicius de Moraes

ME ENCANTE (Pablo Neruda)

ME ENCANTE (Pablo Neruda)
Me encante da maneira
que você quiser. como
souber. me encante
para que eu possa me dar.
me encante nos mínimos detalhes.
saiba me sorrir, aquele sorriso malicioso
e gostoso, inocente e carente.
me encante com suas mãos,
gesticule quando for preciso,
me toque, quero correr esse risco.
me acaricie se quiser. vou fingir
que não entendo. que nem queria esse momento.
me encante com seus olhos, me olhe profundo
mas só por um segundo, depois desvie o seu olhar,
como se o meu olhar, não tivesse
conseguido te encantar...
e então, volte a me fitar, tão profundamente,
que eu fique perdido sem saber o que falar...
me encante com suas palavras,
me fale dos seus sonhos, dos seus prazeres,
me conte segredos sem medos...
e depois me diga o quanto te encantei.
me encante com serenidade, mas não se esqueça,
também tem que ser com simplicidade,
não pode haver maldade.
me encante com uma certa calma,
não tem pressa, tente entender
a minha alma.
me encante como fez com a primeira namorada,
sem subterfúgios,
sem cálculos, sem dúvidas, com certeza.
me encante na calada da madrugada,
à luz do sol ou embaixo da chuva.
me encante sem dizer nada
ou até dizendo tudo.
sorrindo ou chorando, triste ou alegre...
me encante de verdade
com vontade...que depois
eu te confesso que me apaixonei
e prometo te encantar
todos os dias, do resto das nossas vidas!

Mortes que ninguém chora

Corpos desconhecidos, abandonados pela solidão das fraquezas que se vão degenerando em vícios. Sobre a piedade das esmolas, que rasgam a sujidade de corpos moribundos que caem numa esquina qualquer. As garrafas quebram-se; em réstias azedas pelo álcool derramado.
As cruzes levantam-se com um número qualquer sobre um túmulo de terra batida.
O velório é uma inexistência, os coveiros soltam mais um corpo, que já ninguém procura e ali jaz mais uma alma penada da qual já não resta nada.
As lágrimas ficaram caídas num portal qualquer, onde as ruas despiram mais, um pobre, um pedante, desconhecido, um qualquer sem abrigo.
Ninguém, a procura nas enregeladas morgues.

Conceição Bernardino